domingo, 3 de maio de 2009

amarelo

Às vezes me faço de escrevedora e me meto a poeta. Não sou exigente comigo, porque já tem tanta gente boa, que eu passo pelo espaço branco...despercebido...aquele cantinho que só vê quem me conhece e se ri quando lê as coisas que eu digo que escrevo. Aí, de madrugada, acabo escrevendo antes de pegar no sono...Saiu um hoje assim:

amarelo: amar é. a maré. ah, mar é...
mar é imensidão de água de chuva salgada.
mar é pedaço que falta em verbo que assola a alma.
quem corta o mar do coração, tira parte do sentimento,
não merece compaixão,
não tem razão, nem bom senso.
é sabido quem sabe juntar o a com o mar,
formando uma só palavra,
que contém uma coisa infinita,
que só num barco bem grande se conhece,
levado pela brisa.

[kelva, entrando pela madrugada de segunda-feira, 04 de maio de 2009]