domingo, 3 de maio de 2009

amarelo

Às vezes me faço de escrevedora e me meto a poeta. Não sou exigente comigo, porque já tem tanta gente boa, que eu passo pelo espaço branco...despercebido...aquele cantinho que só vê quem me conhece e se ri quando lê as coisas que eu digo que escrevo. Aí, de madrugada, acabo escrevendo antes de pegar no sono...Saiu um hoje assim:

amarelo: amar é. a maré. ah, mar é...
mar é imensidão de água de chuva salgada.
mar é pedaço que falta em verbo que assola a alma.
quem corta o mar do coração, tira parte do sentimento,
não merece compaixão,
não tem razão, nem bom senso.
é sabido quem sabe juntar o a com o mar,
formando uma só palavra,
que contém uma coisa infinita,
que só num barco bem grande se conhece,
levado pela brisa.

[kelva, entrando pela madrugada de segunda-feira, 04 de maio de 2009]

4 comentários:

  1. Cabe aqui também um elo com teu amar as palavras?

    Amar = elo

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  2. Cabe sim, Ferdibrand. E um elo nos uniu. Palavras fazem isso, juntam semelhantes.

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  3. Eu diria é sábio quem junta o a com o mar... AMAR
    Pelo menos se foge do sentido figurado.
    Mas, mesmo passando pelo espaço branco, sua marca ficou. Isso é mais importante. O poeta não precisa ser fomaso...mas os versos que ele escreve... Só é pecado amarelar...

    Macedo

    17 de Setembro de 2009 20:22

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  4. Querido Macedo, que carinhoso tu escreves.
    Como escrevedora sou muito despretenciosa, por isso não me faço cobranças ao escrever e, portanto, eu não amarelo hehe.
    Mas compreendo o que tu dizes. E, afinal, escrever é isso, é ir escrevendo...
    Um beijo.

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